Bem, pelo menos de ecologistas… Deu na Oikos: Tomáš Grim, um professor do Departmento de Zoologia na Palacký University, Olomouc, Morávia, descobriu que existe uma correlação entre a produtividade (medida pelo número de artigos publicados) e qualidade (medida pelo impacto) do trabalhos e a quantidade de cerveja ingerida, entre ecologistas da República Tcheca. Os tchecos mantém a maior média de consumo de cerveja per capita (se aqui tivesse a Urquell, eu iria contribuir bastante para o Brasil derrubar este recorde). O problema é que a correlação é negativa: quanto mais cerveja, menos trabalhos e menos citações.
Os resultados foram confirmados em duas regiões da república Tcheca: a Morávia e a Boêmia. O pessoa da Boêmia tem a fantástica marca de 200 litros/ano/cientista, comparado com meros 37 da Morávia. O impacto do trabalho do pessoal da Morávia é maior (o autor é da Morávia). Uma descoberta interessante é que o efeito da bebida ocorre desde pequenas doses: não é um efeito que ocorre apena com os beberrões.
O próprio cientista admite que o trabalho permite algumas interpretações: o número de cientistas estudados é baixo (34) e a indeterminação no que leva o cientista a beber (além do fato do autor já ter chegado ao ponto de mais de 12 cervejas em uma noite). Não dá para afirmar se você bebendo produz menos, ou se você produz menos e é levado à beber.
Grim afirma que recebeu vários emails de todas a partes, vários favoráveis e outros com honrosas violações à regra. Eu mesmo acho que minha produtividade não é alterada quando eu troco de cerveja para vinho. No fundo, eu acho que os tira-gostos é que afetam a produtividade.