Eu fui ao Software Freedom Day 2009

Ontem fui ao Software Freedom Day, aqui em Niterói. Foi organizado pelos estudantes de Computação e tudo correu bem – até eu corri para buscar um monitor para que pudessem ver o Playstation 3 bootando.

Eu já postei sobre o assunto em Repensando pequenos/médios eventos de Software Livre, mas gostaria de confirmar: é muito difícil e caro fazer um evento grátis de software livre, por causa do desleixo de vários interessados. Boa parte do evento consistiu de cursos em um laboratório com 50 vagas. Para garantir o funcionamento, as vagas foram limitadas na inscrição e quem ficou sabendo mais tarde, entrou em lista de espera. Como as listas eram grandes, provavelmente muita gente realmente interessada desistiu de ir por achar que não tinha lugar. Pois bem, a frequência ficou em torno de 40 a 50% dos 300 inscritos. No encerramento, o auditório de 300 lugares, tinha cerca de 70 assistentes. Como eu já sei do senso de compromisso do pessoal, eu sugeri que os crachás fossem preenchidos à caneta, na hora e não usando mala direta, etc. para que poupássemos folhas.

A gente se esforça, gasta dinheiro para fazer um evento para 300, com programação interessante e só porque é de graça, as pessoas acham que podem se inscrever e faltar sem causar dano. Acho que não fica claro que o evento é sem custos apenas para quem vai assistir, não para quem organiza – afinal coffee-breaks para 300 pessoas, cartazes, crachás, pessoal para manter um auditório aberto em um sábado não saem de graça.

Acho que é por isto que o pessoal da organização sempre agradece pela presença, quando deveria ser o contrário, eles receberem os agradecimentos pela oportunidade única de receber conhecimento de tamanha qualidade, sem custos.