Tese é no Emacs

Já na posto há algum tempo e, para quem não notou, este post é para lembrar vocês deste fato. O que acontece é que decidi disputar uma das vagas para professor Titular da UFF (ainda mais agora que somos o melhor curso do Rio de Janeiro). Vinte anos depois (é!) tenho que escrever uma tese novamente - um memorial também, mas este é mais fácil, pois tenho só que escrever sobre algo que eu esqueci agora sobre o que é. Sobre a tese, é tranquilo, pois a tese só tem que ser original 8-o. Eu até dei uma chance ao vi (veja o blog do Mitre, se você insistir nesta insanidade preferir este fantástico editor).

Eu voltei a usar o Emacs - e a editar o .emacs no vim, uma das inúmeras delícias que o ateísmo proporciona, pois não tô nem aí para respeitar nenhuma religião. Para usar o Emacs, eu instalei o emacs23 (sorry, debianers e koalas) e o auctex. Meu .emacs está disponível, mas não deu tempo de comentar. Basicamente ele faz o seguinte:

  • carrega o auctex
  • carrega o preview (no Arch, basta instalar o auctex)
  • usa a fonte Monaco para a edição (instale monaco_linux)
  • escolhe fundo branco
  • usa o RefTeX (MAEE - Mais Abaixo, Eu Explico)
  • referências no estilo natbib (MAEE)
  • usa o parsing de arquivos (MAEE)
  • usa M-o ao invés de C-C @ para esconder as seções que não estou editando
  • instala o gnuplot-mode (titulares usam gnuplot - você não usa? MANHẼẼẼẼẼẼẼẼẼẼẼ).

Escrever uma tese depois de vinte anos é tão legal que eu parei só para escrever este post. Daqui só paro para tomar o copo de chá de beringela que minha mulher jura que emagrece. (Foi mal, digitei C-x s para salvar o post).

Vantagens do Emacs:

  1. Preview: você vê as figuras e as fórmulas no texto.
  2. Fold-mode: esconda os comandos de seção, referências e labels.
  3. C-c ~ - ative o math mode: “cola” para símbolos, delimitadores, gregos, caligráficos, etc.
  4. C-c [ - procure as referências nos .bibs (este é o RefTex). No formato Natbib, pergunta se a citação deve ser feita com parênteses, só o nome do autor, o nome do autor e ano, etc. se você estiver usando o .emacs que disponibilizei.
  5. C-c C-e (environment): prepara os ambientes de figura, itemize, enumerate, etc.
  6. C-c C-s (sections): cria as seções, sub, etc.
  7. C-c C-m includeg TAB - entre o nome do arquivo de figura que você vai acrescentar e pergunta ainda qual a largura. (C-c C-m é para macros, digite as primeiras letras e complete com o TAB).
  8. Comandos para o preview, bibtex e index.
  9. C-c ) : pergunta e apresenta opções para referenciar figuras e equações
  10. C-c / : marca a palavra para aparecer no índice remissivo.
  11. C-c @ C-t : esconde todo o texto, deixando apenas os cabeçalhos de seção; Para abrir um cabeçalho, digite C-c @ C-e (C-c @ c para esconder novamente). No meu .emacs, eu configurei o M-o para fazer o papel de C-c @ (duas teclas ao invés de quatro). na minha tese de doutorado, eu usava o \input para compilar um capítulo de cada vez. Em um quad-core é desnecessário.
  12. C-c C-b : plota no gnuplot, o que estiver no buffer do Emacs.

Tem muito mais alegorias e adereços, mas estes me chamaram a atenção. Fora isto, tem alguns pacotes interessantes, que independem do editor que esteja usando:

% Índice remissivo
\usepackage{makeidx}
% Fontes maiores    
\usepackage{bookman}
\usepackage[bitstream-charter]{mathdesign}
% figuras e cores 
\usepackage{graphicx}
\usepackage[usenames]{color}
% Distribui melhor as figuras pelo texto
\usepackage{float} 
\renewcommand{\topfraction}{0.95}
\renewcommand{\textfraction}{0.05}
\renewcommand{\floatpagefraction}{0.85}
% Coloca os captions menores que o texto e em itálico
\usepackage[small,bf]{caption}
\renewcommand{\captionfont}{\small\it} 
\setlength{\captionmargin}{20pt}
% Usa o subfigure para colocar mais de uma imagem com o mesmo caption
\usepackage{subfigure}
% Cabecalho diferenciado para os capítulos
\usepackage[Bjornstrup]{fncychap} 
% O que vai usar no topo da página 
% número da seção, título da seção e página 
% não vamos imprimir em duplex 
% que o ministro Carlos Minc não nos leia.
\usepackage{fancyhdr}
\pagestyle{fancy}
\fancyfoot{}
\fancyhead{}
\newcommand\nomecapitulo{}
\renewcommand\chaptermark[1]{\renewcommand\nomecapitulo{\sc #1}}
\newcommand\nomesecao{}
\renewcommand\sectionmark[1]{\renewcommand\nomesecao{\thesection. \it #1}}
\setlength{\headheight}{15pt}
\fancyhead[R]{\thepage}
\fancyhead[LO]{\nomesecao}
% Para referenciar URLs
\usepackage{url}
% Para usar letras ao enumerar 
\usepackage{enumerate}
% faz o índice 
\makeindex
% Vou usar espaço e meio no texto e espaço um nas referências e índices
\usepackage{setspace}
% referências pelo nome e não pelo número.
\usepackage[round]{natbib}
% aqui vão os comandos que irão no documento
\begin{document}
%
% Espaço e meio (com o primeiro salário de titular eu faço o replanteio).
\onehalfspacing
% as páginas em que as referências serão citadas também 
% aparecerão no índice.
\citeindextrue
% a página de título
\maketitle
% daqui por diante, é contigo.

Quer mais ? Abra uma conta no CiteULike: adicione o botãozinho para armazenar as suas referências (papers), coloque tags para as mesmas e obtenha grátis o Bibtex delas. Não consigo viver sem ele. Se você quiser saber o que é do meu interesse científico, lá eu sou o ………. tjpp . Para as revistas que não exportam o BibTeX, instale o bibutils e rode

ris2xml arquivo.ris > tmp.xml
xml2bib tmp.xml
Copie o texto ou salve em um arquivo e C-x i para incluir no Emacs. Use C-x ← ou C-x → para se movimentar nos buffers e ir do arquivo latex para os arquivos .bib.

Ah, você não usa LaTeX ? Por que você leu até aqui ? Ok, você não usa LaTeX mesmo, eu deveria ter desconfiado.

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