Blog do TJPP

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Aqui você encontra posts sobre Física, Complexidade, Linux, Debian, etc., enfim tudo que poderia interessar a um físico computacional.

english.jpgHere you will find news and comments about Physics, Computers, Debian, GNU/Linux, and anything else that could be of interest to a computational physicist. If you think that something here could be of interest for you but you are not a Portuguese native reader, please comment in English and I will be happy in providing you a summary of what is written in english. If you prefer, e-mail me.


Samsung SF310, HDMI e Linux Mint 13

Apenas para informar que os procedimentos descritos no post anterior são desnecessários no Linux Mint 13: o HDMI funciona direto e o touchpad é corretamente configurado. Está esperando o quê ? Baixe o Linux Mint 13, já.

13/Jun/2012 14:59 · tjpp · 0 Linkbacks

Linux no Samsung SF310, HDMI e Optimus NVidia

Em se tratando de material de informática, não dá para ficar uma semana desatualizado, principalmente se você usa Linux. Fui escolher um notebook para o projeto que estou desenvolvendo em uma escola no interior do estado. Vi uma boa promoção na Microsafe que considero uma loja de confiança, tendo comprado lá um monte de vezes, sem problemas. Escolhi um Samsung SF310. É muito bonito, leve (2kg), parecia ideal para o que eu precisava. Especificações:

  • 13.3” LED HD (1366 x 768) Gloss display: muito bom mesmo!
  • nVIDIA GeForce 310M 512 MB gDDR3 (External Graphics) com saída HDMI
  • 320 GB (5400 rpm S-ATA) Hard Drive (HDD)
  • Intel® Core™ i3 Processor 460M
  • 4GB (DDR3 / on BD 2GB + 2GB) System Memory
  • Bluetooth 3.0

Quais os problemas, então ? O tal do External Graphics é na verdade a nova linha Optimus da Nvidia, que integra o processador de vídeo Intel com uma NVidia 310M, no meu caso. Não é uma placa independente apesar de parecer isto nas especificações do site da Samsung. Para economizar bateria (a ideia é boa mas, para variar, a NVidia não parece interessada no suporte ao Linux), usa-se o Intel (muito mais econômico) e o que for 3D é processado pela NVidia. O Mac OSX já tem isto e é uma m, IMHO : até o Dock usa recursos 3D e você acaba comendo bateria sem precisar. Se fizer a instalação do Ubuntu 12.04, você fica sem os recursos 3D (o google-earth não roda) e sem a saída HDMI. Por sorte o pessoal do SL já está desenvolvendo o driver dentro do projeto Bumblebee.

Para usar basta instalar os pacotes para Ubuntu, Debian, Gentoo e Arch Linux, ou usar a partir dos fontes. Eu usei o PPA:

sudo add-apt-repository ppa:bumblebee/stable
sudo apt-get update
sudo apt-get install bumblebee bumblebee-nvidia
Depois disto, preferi rebootar já que envolvia um módulo.

Para testar, rode

glxspheres
optirum glxspheres
Você vai notar a diferença no framerate (pulou de 23 para 102). Toda vez que quiser chamar algo acelerado, tem que rodar com o optirun na frente.

Para usar a saída HDMI, fiz o seguinte:

  1. liguei o cabo HDMI da TV na saída lateral
  2. rodei
      optirun gnome-control-center  
  3. Fui em Monitores e escolhi Detectar Monitores. Logo a TV apareceu e cliquei Aplicar
  4. Não pude selecionar a opção de a mesma imagem em ambos, o que faz sentido já que são processadores diferentes. Aí é só rolar o mouse para o lado e rodar o que quiser na tela HDMI, com aceleração ou não.

Outra chatice deste note é o clickpad: os botões não são separados do touchpad mas apenas uma área a parte. Eu rodei

synclient "Clickpad"="1"
e pude selecionar os dois dedos para rolagem. Selecionei o tap com dois dedos para o botão direito e três dedos para o botão do meio (por default, os cantos direito superior e inferior também funcionam como estes botões). De resto, tudo funcionou de primeira, o que faz posts de instalação no Linux cada vez mais raros.

10/May/2012 11:05 · tjpp · 0 Linkbacks

Embutindo vídeos no LaTeX Beamer

Update

O Adobe 9.4.2 em diante dá o seguinte erro “3d data parsing error”. Instalem o 9.4 disponível em http://archive.canonical.com/pool/partner/a/acroread/.

Eu uso o pacote Beamer LaTeX para as minhas gloriosas Apresentações. A principal vantagem é poder utilizar o que já escrevemos para os artigos, etc. Dá até para montar o poster para apresentações orais, usando o beamerposter (veja este (5.5Mb) como exemplo). Um problema com o Beamer era a inclusão de vídeos que gerassem um pdf que fucionasse em qualquer plataforma (que é a proposta original do TeX/LaTeX). Eu usava o movie para chamar um programa que tocasse o vídeo. O problema é que se a pessoa que tivesse o pdf para a apresentação não tivesse o programa, o vídeo não aparecia. O código abaixo, por exemplo, funciona no evince, mas lançando um tocador de vídeo externo e funciona no Acrobat para windows, mas não no Linux:

\documentclass[12pt,landscape]{article}
\usepackage{movie15}
\usepackage{hyperref}
\begin{document}
\begin{figure}[h!]
\includemovie[
  poster=figura.jpg,
  text={\Large\bf Clique para iniciar \hspace*{400pt}}
]{400pt}{400pt}{vídeo.swf}
\end{figure}
\end{document}
Se você vai usar Windows e levar seu computador com a sua apresentação, pode parar por aqui, se preferir.

Uma saída intermediária é usar o animate. Este pacote permite mostrar sequências de imagens como se fosse uma animação. Para isto você deve ter os arquivos das figuras nomeadas em sequência (você pode usar o mplayer ou o ffmpeg para retirar os frames dos vídeos). Um exemplo está neste pdf (5.Mb) da minha apresentação no I Workshop de Física do Sul Fluminense. Veja as sinapses piscando na terceira página. Os trechos relevantes do arquivo são estes:

\documentclass[hyperref={pdfpagelabels=false},xcolor=dvipsnames]{beamer}
% dica extra para colocar a apresentação em widescreen.
\usepackage[orientation=landscape,size=custom,width=16,height=9,scale=0.5,debug]{beamerposter} 
% o animate é que faz todo o serviço
\usepackage{animate} 
...
\begin{document}
...
\animategraphics[loop,autoplay,width=\textwidth]{6}{neurons-}{0}{3}
...
\end{document}
No caso, o primeiro argumento em colchetes é o framerate (6 por segundo) mas não funciona muito bem com framerates altos e fullscreen (pode ficar lento em um netbook, por exemplo). Usei quatro figuras neurons-0 até neurons-3.jpg. Fica legal para pequenas animações mas é impraticável para vídeos.

A saída mais legal que achei é o flashmovie. O pacote tem uns probleminhas com o Beamer mas que é totalmente contornável (veja a linha \pdfminorversion no exemplo abaixo). Ele aceita flv, swf e mp4. O modo swf é direto mas você não tem controle sobre o filme (pausa, avançar, etc.). Seria assim

\pdfminorversion=7 
\documentclass{beamer}
\usepackage{flashmovie}
\begin{document}
  \begin{frame}
    \begin{center}
       \flashmovie[width=10cm]{saturn5.swf} 
    \end{center}
  \end{frame}
\end{document}
Se quiser testar, use o arquivo de vídeo da NASA saturn5.swf (1.3Mb). Para ter os controles, pode-se usar
  \flashmovie[width=5cm,engine=flv-player,auto=0]{saturn5.swf}
O pacote tem o player que deve ser colocado no mesmo diretório onde você vai compilar. O player e o vídeo são embutidos no pdf. Se quiser ver como ficou, baixe o pdf aqui. Como eu determinei que as dimensões do vídeo ficassem menores que o original, o pdf é menor que o arquivo mp4 original! É possível ainda usar o jw-player ao invés do flv-player. Segundo o autor, este método costuma travar o Acrobat se você tentar um reload (eu confirmei isto). Ah, a nota triste é que você só pode usar o Acrobat 9 (e mais recentes) para isto. O flashmovie não funciona com o evince. Eu também não consegui centralizar o vídeo como flv-player.

Para converter os filmes para swf , eu usei o ffmpeg

ffmpeg -i saturn5.avi -an saturn5.swf
Agora não há mais razão para não usar o beamer.

03/Aug/2011 16:35 · tjpp · 0 Linkbacks

Drauzio Varela e "medicina natural"

“Invejo os homens que consertam o carro que dirigem. Quebrou na estrada, eles pegam as ferramentas, abrem o capô e reparam o defeito. Para resolver uma emergência dessas é necessário conhecer mecânica, entender como as peças foram engendradas e saber repará-las. Nessa hora, quem acreditaria em medidas alternativas para ativar a energia vital do motor com gotinhas pingadas no tanque de gasolina de duas em duas horas? Alguém faria o carro andar apenas com a força do pensamento positivo?

O organismo humano é a estrutura mais complexa que conhecemos -alguns o consideram mais complexo do que o próprio Universo. Estudar os mecanismos responsáveis pela circulação e oxigenação do sangue, pela digestão dos nutrientes, ter uma ideia de como ocorrem as principais reações metabólicas e aprender que nosso corpo é uma máquina que se aperfeiçoa com o movimento é a melhor forma de evitar que ele nos deixe no meio da estrada.

Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, o ensino de ciências deve começar na pré-escola. Aprendendo desde cedo, as crianças incorporarão o pensamento científico à rotina de suas vidas e descobrirão belezas e mistérios inacessíveis aos que desconhecem os princípios segundo os quais a natureza se organizou.

Eu achei fantástico esta declaração. Estou desenvolvendo um projeto para ensino de Ciências em uma escola pública do interior do estado. Prometo logo postar os primeiros resultados. Já comprei um telescópio. Eu me senti recompensado quando uma aluna viu a Lua, Saturno e Acrux e dançou “Estrela, eu vi você!!”.

20/Jun/2011 14:31 · tjpp · 0 Linkbacks

Para onde está indo a Ciência Brasileira ?

Para quem acompanha o blog há alguns anos, deve ter notado que eu demonstrei entusiasmo com a Ciência brasileira, em tempos recentes. Muito se deve à administração do físico Sérgio Rezende. Fiquei bastante satisfeito também em saber que a prioridade dele é voltar à pesquisa, onde se destacou também pela competência – nem sempre bons cientistas são bons políticos e … vice-versa (????). Uma das grandes contribuições dos governos passados dizem respeito à interiorização da ciência. Para quem não sabe, o prof. Sérgio Rezende foi o principal responsável pela excelência do departamento de Física da UFPE - já há muito tempo, um dos mais conceituados do país, logo ele tinha vasta experiência na área.

Enquanto a presidente Dilma se debate com os acordos políticos necessários para o governo, a mesma diversas vezes se declarou a favor de técnicos no comando das estatais. Embora não seja garantia de sucesso, a probabilidade aumenta quando alguém que dirige conhece bem o negócio. Pois bem, eis que o recém-doutor Aloizio Mercadante assume a pasta. Não vou queimar o cara com menos de um mês de ministério, mas coincidentemente comentei há 12 dias no fótonBlog, a notícia da nomeação de Glaucius Oliva para o CNPq, que me preocupava a “paulistização” da Ciência brasileira, marca do governo FHC. O Antônio Arapiraca, do mesmo blog, me mandou um email hoje com a notícia que Glauco Arbix, também da USP, assume a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). Tomara que meus medos não se concretizem …

28/Jan/2011 13:05 · tjpp · 0 Linkbacks

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blog.txt · Última modificação: 16/Apr/2010 09:40 por tjpp
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