Blog do TJPP

Bem vindo … Welcome

Aqui você encontra posts sobre Física, Complexidade, Linux, Debian, etc., enfim tudo que poderia interessar a um físico computacional.

english.jpgHere you will find news and comments about Physics, Computers, Debian, GNU/Linux, and anything else that could be of interest to a computational physicist. If you think that something here could be of interest for you but you are not a Portuguese native reader, please comment in English and I will be happy in providing you a summary of what is written in english. If you prefer, e-mail me.


É o Mac ou sou eu???

Eu estou perdendo a paciência com o OSX. Quem acompanha o blog, sabe que tive dificuldades em criar um DVD com o Mac, que contivesse legendas. Os meus amigos applemaníacos riram… a maioria dos produtores de Hollywood usam Mac e o Mac não faz isto ??? Eu fico envergonhado por dois segundos até perguntar: você já fez? A resposta é quase sempre : “Não, mas deve ser fácil” (em um dos fóruns recomendados pelos MacUsers, a resposta foi: “Compra o DVD original que vem com legenda”). É fácil se usar software livre como o ffmpeg e o handbrake, que funcionam muito melhor no Linux. Hoje mesmo ouvi de um professor, colega aqui da Física: “Você está reclamando do Mac??? É preconceito.. Você ainda vai ter um … ”. Eu respondi: “Eu tenho”. A réplica foi : “Tem? E como eu coloco o trema em Schrödinger no LaTeX?”, eu respondi “É com aspas, mas você conseguiu achar o PageDown??”. “Ih, é mesmo….”

Hoje tive outro stress: comprei um cabo mini-sei-lá-que-porr-é-esta-do-lado-do-macbook-HDMI. Pluguei o cabo e funcionou legal a saída para TV, mas a minha bateria, anunciada como de 8 a 9 horas, não aguentou o Karate Kid. Ou o MacBookPro em um apurado gosto cinéfilo que só inclui filmes iranianos e casaquistaneses, ou eu terei que ligá-lo na tomada: a saída só funciona para a placa Nvidia. Com esta placa, a bateria quase dura duas horas, com a Intel dura mais de quatro. Eu instalei um programa que mantém a placa Intel e não deixa mudar. Adivinhem??? É software livre.

Para se ter uma ideia, um bom site de OSX que eu achei foi o OSXdaily. Dá ótimas dicas de como tirar o melhor proveito do OSX usando … linha de comando! Você assina o CNet e descobre que tem gente que ganha dinheiro com o MacOSX, fazendo um front-ends para o find (achar duplicados, achar arquivos velhos, etc.).

09/Oct/2010 02:00 · tjpp · 104 Comentários · 0 Linkbacks

Flash 64 bits no Linux Mint, Ubuntu, Arch Linux e OSX

Já há alguns dias que a Adobe lançou a versão pre-release do plugin Flash para 64 bits, três meses depois de ter removido o suporte a mesma. Para quem é mais avançado pode pegar o pacote em http://labs.adobe.com/downloads/flashplayer10.html . Por outro lado, quem usa Mac LOL pode pegar lá também o dmg. Para o pessoal que prefere usar gerenciamento de pacotes (eu sou um), pode pegar o pacote flashplugin-prerelease no AUR para o ArchLinux. Na instalação ele removerá a versão antiga (eu estava usando o nspluginwrapper). Para quem usa Ubuntu ou Mint, basta fazer

sudo add-apt-repository ppa:sevenmachines/flash
sudo apt-get update
sudo apt-get install flashplugin64-installer
No caso do Linux Mint, é melhor remover o mint-flashplugin-x64 senão teremos os dois instalados.

Eu acho que vale a pena: pelo menos no Youtube não está engasgando como antes. Para confirmar que está com a versão nova, digite about:plugins na barra de endereços do Firefox ou do Chrome. Deve aparecer o Shockwave Flash com versão 10.2. no Linux e no Mac OSX.

05/Oct/2010 21:53 · tjpp · 0 Linkbacks

Anunciando Linux no Mac

Continuando a saga de fazer a rede em casa se comportar diretinho, resolvi instalar o netatalk para que pudesse enxergar transparentemente os arquivos do Linux no MacOSX. A recíproca já havia sido ajeitada (Mac→Linux) ao disparar o ssh server no Mac. Assim é possível ver os arquivos no Nautilus, através do Conectar ao Servidor. O procedimento é um pouco diferente no Linux Mint e no Arch Linux (as distribuições que rodo aqui). O que vale para o Mint, deve valer para o Ubuntu e para o Debian Squeeze, YMMV.

Instalei o pacote netatalk. Para o Arch Linux, instale o pacote do AUR, mas antes leia o artigo do Netatalk no Wiki. Se fizer o que está lá, vai funcionar. Edite o arquivo /etc/default/netatalk e defina os serviços a serem utilizados. O meu está assim:

PAPD_RUN=no
CNID_METAD_RUN=yes
AFPD_RUN=yes
Se quiser disponibilizar a impressora, coloque yes no PAPD_RUN.

Em seguida, retire o comentário da última linha de /etc/netatalk/afpd.conf, deixando como:

 - -transall -uamlist uams_dhx.so,uams_dhx2.so -nosavepassword
Crie o arquivo /etc/avahi/services/afpd.service com o seguinte conteúdo
<?xml version="1.0" standalone='no'?><!--*-nxml-*-->
<!DOCTYPE service-group SYSTEM "avahi-service.dtd">
<service-group>
<name replace-wildcards="yes">%h</name>
<service>
<type>_afpovertcp._tcp</type>
<port>548</port>
</service>
<service>
<type>_device-info._tcp</type>
<port>0</port>
<txt-record>model=Xserve</txt-record>
</service>
</service-group>
Adicione mdns na linha de hosts, no /etc/nsswitch.conf, deixando assim:
hosts:          files mdns4_minimal [NOTFOUND=return] dns mdns4 mdns

Reinicie os serviços netatalk e avahi-daemon

sudo /etc/init.d/avahi-daemon restart
sudo /etc/init.d/netatalk restart
Se estiver usando o Arch, não existe o script para o netatalk. É necessário iniciar os serviços afpd e cnid e o papd, se você escolheu compartilhar a impressora.

Agora, no Mac, chame o Finder e você deve ver o seu Linux aparecendo como COMPARTILHADO e com um ícone que parece um servidor de arquivos. Clique em “Conectar como”, para ter acesso aos arquivos. Por default, no Linux Mint, o arquivo /etc/netatalk/AppleVolumes.default vem configurado para compartilhar os homes. Se algo der errado, verifique a última linha deste arquivo e veja se está como

~/			"Home Directory"

Teremos algo como

O ícone maior aparece com ⌘-Y . O Lepton “Servidor Mac” é o meu Vaio rodando Linux Mint :)

19/Sep/2010 21:54 · tjpp · 0 Linkbacks

Duas semanas com o Mac

Estou usando há duas semanas o Mac OS X Snow Leopard em um MacBook Pro 15”, i7. Sou um usuário Linux do tipo heavy-user: uso desde 1994. Sei programar e sei um tanto de administração de redes linux. Alguns amigos sugeriram que eu tentasse o MacOSX e eu fiquei curioso. Como a base é Unix não esperava ter problemas. Já adiantando o final da história: não sei se foi a propaganda que criou uma expectativa de facilidade de uso que acabou não se concretizando.

Esta questão é realmente polêmica: recentemente um post 5 Things I Miss From Linux When Using OSX em um outro blog, recebeu alguns comentários meio raivosos do pessoal do Mac. Um ex-Linux heavy user está há anos usando Mac, sem sentir saudades. Em um post antigo do Aurelio, eu tinha achado uma recomendação para quem passa do Linux para o Mac e, confesso, foi minha melhor referência. Infelizmente, perdi o link e nem achei no Google, mas lembro da principal recomendação: esqueça o Linux e pense diferente. Infelizmente não dá, preciso do Linux para as minhas simulações.

É possível que as minhas dificuldades tenham sido por inexperiência mesmo, mas não vou desistir, porque o preço da brincadeira é alto. Portanto, espero comentários de ajuda também.

Vamos aos pontos positivos:

  1. hardware e montagem realmente fantásticas. Ao contrário do meu adorado Sony Vaio, eu não toquei no touchpad enquanto digito. Isto é uma tremendo avanço para mim. Sim, eu configurei o touchpad no linux para desligar após um tempo sem uso, etc., mas não é a mesma coisa. O teclado e o touchpad (multitouch rules!) realmente são confortáveis e bons de usar. Ainda assim uso um mouse (explico nos negativos abaixo). O display então, nem se fala. Legal que deixo ele ao lado do Vaio e quando chego, o do Mac é preto e o do Vaio ainda tem uma luminosidade aparente.
  2. os aplicativos parecem ser para o usuário que quer que as coisas funcionem.
  3. o sistema é bastante estável. Só tive um problema no programa que grava DVD que deu crash e prendeu o DVD. Não foi muito fácil achar a combinação de teclas para destravar.
  4. o sistema é excelente na resposta. O meu desktop Linux i7, dá uns soluços de vez em quando, que não encontrei no OSX.

Apesar de serem enumerados poucos pontos, notem que estes são de grande importância. O que eu vi e aprendi nos fóruns que frequentei, é que maioria é bem impressionada com a facilidade de troca de informações com o iPhone, iPod, etc. Como eu uso Linux e Android (veja o post anterior sobre diversidade), não foi tão fácil, mas longe de ser uma experiência aterrorizante. Os pontos negativos serão em maior número e menores em importância (para mim):

  1. a queixa onipresente do Copy and Paste com o botão do meio. Sim, faz falta para um dependente químico como eu.
  2. sem o mouse, era difícil mover os arquivos dentro de uma mesma janela do Finder, principalmente se usamos muitos níveis de diretórios. O Finder (gerenciador de arquivos) não tem um Move, só um Copy.
  3. Gerenciador de pacotes: sim, instalei Fink, MacPorts, Brew, Bodega e assino o feed do CNET ( equivalente ao Freshmeat), mas é mais fácil pesquisar dentro do Synaptics ou usando o aptitude/apt-get ou mesmo o pacman e o site do Arch Linux.
  4. a integração com os pacotes do X não é completa: não consegui usar o drag-and-drop no Gimp, nem no Finder, nem no Chrome. Isto é realmente chato.
  5. os melhores programas não são livres e nem são grátis. Isto é realmente chato.
  6. se você procura nos sites do Mac, a maioria das notícias não são sobre desktops, mas sobre i* e estrelas ninjas do Jobs. A ligação da maioria do usuários com a Apple é mais forte que os usuários do Ubuntu, por exemplo.
  7. Tentei instalar alguns gadgets que tenho aqui: uma webcam que posso trocar as lentes e um microscópio USB, que já comentei aqui. O microscópio funcionou de primeira, para a câmera precisei baixar o driver gspca, velho conhecido de quem usa Linux. Não preciso dizer que funcionou melhor no Linux
  8. O mais chato: gravar um DVD de um arquivo avi (DivX) que baixei da Net. O iDVD não reconhecia, o QuickTime tocava o vídeo mas sem som. Dos vários programas que tentei, um deles faz uma abertura fantástica para o menu, com trechos do vídeo, mas não permitiu colocar legenda selecionável (é um documentário que pretendo espalhar) e nem divisão por capítulos. O Toast (que me foi recomendado) não aceitou legenda. Aí me disseram que a própria Apple recomenda um tal de Perian, que fez tudo funcionar. Queimei uns cinco DVDs sem ficar satisfeito, embora os menus sejam impressionantes (mas eu queria o filme).
  9. A integração com o Linux não foi tão amigável: estranhamente não encontrou uma das impressoras que usa o … CUPS. O MacFuse não funcionou a contento, embora o sshfs funcionasse direitinho. O SynergyKM funcionou legal, mas o QuickSynergy não. Como não existe um gerenciador de pacotes, cada um carregou sua cópia do Synergy, e aí o mais recente levou vantagem.

Em resumo, para mim, não é tudo isto mas é muita coisa. Espero fazer um outro post mais favorável em algum tempo, mas acho que as primeiras impressões são importantes.

18/Sep/2010 22:55 · tjpp · 0 Linkbacks

A importância da Diversidade: lagartos, distribuições linux e arduinos

skink-evolves-live-birth-eggs_25436_600x450.jpg Este é um post que vinha pensando já há algum tempo. Eu tenho blogado pouco. Eu poderia alegar que é questão de tempo, mas se eu não tenho tempo para postar, por que os leitores teriam tempo para ler, ainda mais de 140 caracteres ? A questão é que estive envolvido com um monte de coisa por estes tempos. Algumas delas descrevo agora.

O lagartinho ao lado é que me inspirou: este bicho que vive nas costas da Austrália (tinha que ser), tem dois modos de reprodução (ovíparo e vivíparo). Como podem ver na figura, ela está grávida (vejam os pontos mais claros). Dependendo da região, opta por um modo ou outro. Enquanto ovos são mais vulneráveis aos predadores, o vivíparo exige mais da mãe, o que pode por em risco a prole como um todo. Este lagarto está sofrendo o efeito da evolução e está migrando de vivíparo para ovíparo (não o lagarto da foto, pois não é o indivíduo que sofre a evolução, mas a espécie). Este animalzinho não é o fóssil transicional que os criacionistas pedem, mas um animal transicional.

Note que em um dado momento, foi interessante ser ovíparo (apenas duas espécies de répteis ainda tem este comportamento dúbio). Agora é mais vantajoso ser vivíparo. O melhor é ter as duas opções e o que os cientistas descobriram é que mudar de estratégia de reprodução não é tão difícil assim.

Eu já coloquei aqui a instalação de Debian, Ubuntu e Arch Linux em Arch Linux no Sony Vaio TZ190N,LG R400: A quarta distribuição testada,etc. Agora instalei o Linux Mint e gostei bastante. A razão para retirar o Arch é que apesar de funcionar bem e ser leve e econômico, eu uso pouco o note. Quando ligava, após uns 15 dias desligado, tinha um monte de pacotes para atualizar. Agora minha configuração é a seguinte: meus servidores rodam Debian Lenny, meu desktop – que uso todo dia – roda ArchLinux e também as máquinas do cluster do grupo de Sistemas Complexos e o meu note esporádico usa LinuxMint. Nem vou colocar um post sobre a instalação porque foi fácil e quase tudo funcionou de primeira (tive que instalar o r5u87x para a webcam Ricoh). Tenho o melhor de três mundos nas minhas máquinas. Este é um exemplo de como a diversidade ajuda a evolução.

Este notebook foi usado pelo grupo ArduinRio, aqui na UFF, em Niterói. Foi um Hack&Beer que realizamos aqui. Eu fiz parte do grupo Kids, para quem estava começando. Como o grupo é diverso (físicos, engenheiros, advogados, designers, etc.), as discussões são extremamente interessantes. Eu participei de duas, dando um palpite errado sobre como o led funcionaria e outra menos errada, sobre como poderíamos fazer um led RGB piscar variando as cores continuamente, usando as funções seno e cosseno. Quando eu propus colocar estas funções para fazer o led piscar, eu ouvi: “Senta aí e programa isto então”. Parece que as funções matemáticas afastam os programadores visuais LOL Eu ri porque já coloquei algumas vezes como sou contra a redução das disciplinas de Física para o pessoal da computação. Aliás, um animal transicional muito interessante esteve presente: Jon “Maddog” Hall. Professor de Engenharia, com interesse em História, etc. Adorou quando viu que ainda guardávamos as Digital Alpha, as fantásticas máquinas de 64 bits, revolucionárias na época. Este é um exemplo de como a diversidade ajuda a evolução.

Em resumo, é preciso ver outras saídas e não ficarmos especialistas. A diversidade aumenta a chance de sucesso no caso de mudança do ambiente. É por isto que acho saudável, experimentar distribuições e até sistemas operacionais, ser um animal transicional. tá… agora tô com um Mac.

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blog.txt · Última modificação: 16/Apr/2010 09:40 por tjpp
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